A vida nem sempre é exatamente do jeito que a gente queria. E 2012 foi um bom exemplo disso para mim. Deixei um país e uma cidade que tinha adotado como "casa" contra a minha vontade, com o coração apertado, fazendo pirraça mesmo, como uma garotinha de 5 anos. "Não vou, não quero ir, quem teve essa idéia boba?", dizia para mim mesma todos os dias do ano que se passou. E, com as minhas próprias atitudes, me machuquei sem fim. 2012 foi um ano difícil para mim. Me recusei a gostar de São Paulo. Me recusei a fazer novos amigos. Me recusei a esquecer a minha querida Nova York. E vivi dias, semanas, meses sem fim.
Foi aí que o meu marido teve um conversa muito séria e até mesmo rude comigo no fim do ano. Conversa daquelas que faz a gente querer bater a porta na cara do outro, xingar e sumir. Mas também conversa que, depois de engolir o orgulho - a seco - faz a gente enxergar muita coisa que estava fazendo errado e... crescer!
Então, mudei a minha cabeça e estou tentando enxergar as coisas de uma maneira mais positiva. Em 2013 vou abraçar o Brasil, vou tentar me envolver com São Paulo e criar raízes aqui. Prometo que não vou ficar só pensando em voltar pra NY, e nem ficar comparando uma cidade com a outra.
Atualmente minha maior dificuldade continua sendo encontrar mães que criem os filhos como eu, já que isso ocupa grande parte do que faço agora. Mas a procura continua e sei que um dia encontrarei mães com as quais me identifico.
O meu compromisso com SP é tanto que em Abril vou dar boas-vindas a minha pequenina... aqui!
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7 comments:
Jú,
Estou procurando a mesma coisa que você,conheço mães aqui, mães ali e não identifico com ninguém, na verdade me sinto um ET. Já recebi mil conselhos de desconhecidas, já me sugeriram babá, folguista, folguista da folguista, mas apesar do cansaço, das olheiras, e até mesmo do stress, eu me americanizei como mãe, eu acho possível cuidar de Antonio, e acho em meio ao caos, o maior prazer da minha vida!
Quando puder e quiser conversar, me ligue!
Beijos e boa sorte! Continuo tentando me adpatar por aqui.
Ah, o comentário acima é meu. Raquel Nahuz
Juju querida, eu sei , exatamente, o quao e dificil tudo o que voce esta falando. Acho que a jornada nao sera facil, mas com certeza, voce encontrara nesta cidade enorme e com pessoas tao diferentes, maes com as quais voce se identifique. Ja ofereci uma vez, e segue de novo, caso queira, a coloco em contato com minhas amigas de anos (algumas tambem sao maes, mas nao tao "independentes", por assim dizer, como voce. Mas moraram fora durante muuuuuito tempo, e tambem tiveram que voltar).
Beijos carinhosos
Paty
Oi Ju, que bom ver uma atitude mais positiva no blog! Parabéns pela linda menina que virá. Eu sou carioca, moro em SP e tenho uma filha de 7 meses. Não tenho nem tive babá (sim, eu existo), mas como trabalho deixo a pequena com o coração apertado todos os dias no berçário. Tem gente parecida com vc por aqui sim. Conte comigo se precisar! : )
Tatiana
Wow! Adorei essa abertura! Dolorosa, mas necessária. Bom, encontrar mães.......
Estou por aqui e espero mesmo que nos identifiquemos nas nossas possibilidades, atitudes e escolhas.
Aproveite seu carnaval no hotel legal ( ano que vem, nos chame por favor!)
Bj para toda família
Betânia e baby
Eh engraçado quando a decisão de retorna não parte de nós mesmas, quando em de um fator externo ou por causa de outra pessoa, fazendo que tudo seja mais difícil.
Fico feliz que vc achou a sua própria razão e fez as pazes com a sua volta. :)
bjs
Que boa noticia, Ju! Fico feliz que voce tenha decidido levar Sao Paulo a serio e escolhido ter sua bebezinha ai. Entre as boas coisas que sempre coloquei na balanca sobre viver em Sao Paulo esta o sistema de saude ao qual temos acesso. Tenho certeza que a sua baby girl sera muito bem recebida por ai. Grande beijo.
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